sábado, 21 de novembro de 2015

HOMENAGEM DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO CEARÁ À AQUIletras NO DIA DA LITERATURA CEARENSE





A Academia de Letras, Ciências e Artes, de Quixeramobim, tem demonstrado um desempenho incomum, eu diria até extraordinário, pois além de uma audiência inesperada ao seu Blog, vem despertando intenso interesse da população, como aquela atenção às fotos da (bela) Assembleia de instalação, quando cerca de 500 a 600 pessoas acessaram a minha página no Facebook. Nosso Blog, na última avaliação que vi (há uns dez dias ou mais), tinha sido acessado por 1.319 pessoas. No momento, esse número deve ter subido consideravelmente, sem dúvida.

               Fico a me perguntar: Quixeramobim foi e será uma terra especial, capaz de coisas incomuns, como aquela assembleia de 9 de janeiro de 1824, em que, assustadoramente, proclamou a república (brasileira) sessenta e cinco anos antes de Deodoro da Fonseca (1889)?

               Não sou bairrista - ou nacionalista - coisas que abomino, e não quero puxar a brasa para a sardinha de nossa terra. Mas a bem da verdade, naquele momento Quixeramobim foi palco de um acontecimento memorável, liderado pelo brilhando Padre Mororó, que então residia na cidade 'Coração do Ceará'. Não é opinião minha, mas dos historiadores. E por isso, fico a imaginar coisas, vendo uma academia tão jovem (e ainda tão pobre), ser homenageada pela Assembleia Legislativa do Estado.

               Não posso deixar de mencionar a atenção (não financeira) que temos tido das autoridades, especialmente do senhor Presidente da Câmara, Everardo Júnior, que semana passada nos prometeu ampliar o espaço que usamos para as nossas reuniões, e melhorar as condições, com climatização, naquele prédio que tanto amo, riquíssimo em reminiscências históricas, de Quixeramobim e mesmo do Ceará (sede histórica da Câmara, à Rua Cônego Pinto de Mendonça, nº 60 - Praça da Matriz). 

               Sinto-me honrado em trabalhar - com afinco - pela nossa Academia, considerando-o um dos últimos projetos (públicos, digamos assim) de minha vida, e sei que isso trará benefícios, educativos, culturais, artísticos e literários, para a nossa terra e nossa população, essa gente sofrida, mas culturalmente tão rica.

               Nossa Academia - é importante frisar - é diferente de todas as que conheço mundo afora. Foi extremamente interessante ter sido ampliada, de 'Letras', apenas, para abranger também 'Ciências e Artes' (proposta do Bruno Paulino, devo lembrar). Tornou-se mais rica, mais interessante, e certamente mais útil à população.

               Estamos tocando, embora sem recursos, alguns projetos que deverão revestir-se de utilidade para a população, e sem dúvida vão dar o que falar. Por exemplo, está em andamento o "Quixeramobim Antigo", reunindo imagens de pessoas e prédios de outros tempos. Já temos um acervo razoável, que está sendo escaneado pelo Elistênio (Alves - funcionário da Campo Maior) devendo depois os originais doados ficarem, provisoriamente, sob a guarda do Carlos Alberto Carneiro (até que a Academia possua uma sede satisfatória). Vale lembrar que as fotos não precisam necessariamente ser doadas à Academia. Uma vez escaneadas, serão devolvidas aos seus donos. A ideia é transformar isso futuramente numa publicação, na qual poderemos mencionar os nomes dos proprietários.

               Outro projeto é o "Nossa Água, Ontem, Hoje e Amanhã". Pretendemos realizar um simpósio, reunindo as principais instituições estaduais ligadas ao problema. Já visitei a FUNCEME, a Secretaria de Recursos Hídricos e a COGERH, e todas se mostraram receptivas (mais do que eu esperava). A ideia é discutirmos a possibilidade de implantação do reuso da água em Quixeramobim, uma iniciativa pioneira no estado, que poderá contribuir significativamente, se implantada, para solução do - enorme - problema da água na cidade.

João Bosco Fernandes Mendes
Presidente da AQUIletras, Academia Quixeramobiense
de Letras, Ciências e Artes





segunda-feira, 16 de novembro de 2015

RECORDAÇÕES DO ALFREDO MACHADO

           Conheci o Alfredo quando fui lecionar em Quixeramobim, nos idos de setenta. Eu vinha do seminário (salesiano) e trazia uma boa bagagem cultural, o que fazia de mim uma peça razoavelmente necessária a muitas coisas, pois naqueles recuados tempos isso não era comum no interior. Quem podia buscava a capital[1]. E por isso (e algum conceito já adquirido no Colégio Andrade Furtado, onde lecionava português e inglês) ele me convidou para Chefe de Gabinete, o que eu aceitei de pronto.

            O que mais me chamou atenção, de início, foi a rapidez com que decidia as coisas, o que admiro num administrador. Parecia que já tinha as informações para os problemas que lhe levava (eu e qualquer outro).

            O Gabinete vivia cheio, de gente de todos os níveis, um desfilar interminável. Problemas de todos os tipos, dos mais triviais aos mais sérios. Um conflito de terras (que muitas vezes não ia para justiça, ele resolvia ali mesmo), uma cerca fechando um caminho, brigas de vizinhos, tirar um filho ou um marido da cadeia, e vai por aí afora.

            Intercedeu por muita gente presa pela repressão militar (geralmente através do Governador). Um deles foi meu tio Joaquim Fernandes, um grande homem, de saudosa memória, então líder sindical, função muito visada pelos órgãos da Ditadura. Eu redigia as "defesas", sob as orientações dele, é claro.

            Quando viajávamos pelo interior do município, o carro parava mais do que jumento de verdureiro: conhecia todo mundo, de uma ponta à outra do município, se duvidar, até o nome do cachorro. Viagens muitas vezes desconfortáveis, estradas com frequência ruins. Às vezes a fome batia, e ele 'entupia' de casa adentro, até a cozinha, pegava uma colher e metia nas panelas. Naturalmente, a dona da casa ficava mais alvoroçada do que galinha que cria pato na beira d'água. Ver Sua Excelência, o senhor Prefeito, na sua pobre cozinha, mexendo nas panelas, era demais. Vi alguns criticarem esse modo de ser. Mas aquilo gerava uma intimidade, amizade, que geralmente ficava para o resto da vida. Por isso era imbatível, politicamente, pelo menos naqueles tempos. Tanto, que depois foi deputado, uma façanha, para um município tão pequeno (na época).

            Uma vez eu quase atropelava um dos filhos deles (não lembro mais qual dos três), de maneira braba. Estávamos trabalhando (não sei se no Transvaal), e eu tinha ido pegar um documento, às pressas. Vinha rápido, e quando ia chegando à casa, o menino atravessou-se na frente do meu carro. Freei nas últimas. Alfredo e Teresa estavam ali, vendo tudo. Ela correu aos gritos, e ele foi pegar o menino. Mas, apesar das emoções em pandarecos (comigo então, nem se fala), nenhuma acusação sobre mim, nenhuma reclamação. Aquilo me sensibilizou.

            Quando levei a ideia para fundarmos a biblioteca pública, ele bateu o martelo de bate-pronto: vamos fazer, e ela vai se chamar Ismael Pordeus. Parecia que já tinha as informações na cabeça, para tomar a decisão com tanta rapidez. Com poucos dias eu fui a Fortaleza comprar o primeiro acervo de livros, e voltei com o carro abarrotado. A primeira diretora foi a Ana Costa Martins, a quem andei ajudando. Começou a funcionar com empréstimos, uma coisa difícil. Algum tempo depois faríamos uma gincana cultural, com os estudantes, em que conseguimos mais de 4.000 livros para a biblioteca.

            Foi curto o período em que trabalhamos juntos, devido à candidatura dele para deputado. Até me convidou para trabalhar na campanha, mas eu preferi continuar no Gabinete, com o Osvaldo. Mas nunca esqueci muitos detalhes vivenciados com ele, trago muita coisa na memória, com saudade (aliás, de todo o Quixeramobim daqueles bons tempos[2]).

            Poucos anos depois, eu entrava no Banco do Nordeste, me casei e fui morar numa casinha humilde, pros lados do Antônio Bezerra (até que podia morar melhor, mas queria economizar, para construir a casa onde ainda hoje moramos).

            Lá um dia ele bateu lá, com a Tereza. Não sei se então era deputado ou Secretário de Estado. Mas o certo é que ficamos tão encabulados, em recebê-los numa casinha quase miserável, tal qual aquelas senhoras que o viam mexer nas panelas.

            Certa vez, fui aprovado num concurso público federal (prefiro não descer a detalhes), e os órgãos de repressão não me deixaram assumir. Ele soube e veio me perguntar se havia algum 'engancho' político. Eu menti: disse que não, que não fora selecionado em alguma coisa. Na verdade eu tinha vergonha (ou medo, sei lá) de revelar que fora envolvido com as esquerdas, um 'subversivo', como diziam.

            Mas hoje fico feliz de nunca haver pedido qualquer favor, unzinho sequer. Sempre procurei conquistar as coisas por merecimento.

            Assim como a amizade dele: puro merecimento. Hoje ficou o orgulho daquele que eu fui (talvez melhor do que sou hoje).
            E saudades.


[1] Abordei minhas razões para buscar Quixeramobim naquele tempo, na crônica "Crime e Castigo, o Grande Romance", publicada neste blog.
[2] Às vezes me pergunto se era tão bom porque eu era jovem, essa coisa maravilhosa, que a natureza nos toma sem pedir licença.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

PADRE MORORÓ, FIGURA EXTRAORDINÁRIA DA HISTÓRIA DO CEARÁ, ESPECIALMENTE DE QUIXERAMOBIM

            Quantas pessoas são capazes de dar a vida (literalmente: papocar, bater a caçoleta), por suas ideias, seus projetos, seus ideais? Pouquíssimas (entre elas, Jesus Cristo). Eu, por exemplo, não sou capaz disso, nem pretendo ser (quero é viver muito). O padre Mororó foi uma dessas, e o fez com coragem e dignidade mais difíceis ainda de se encontrarem.

            Gonçalo Inácio de Loyola Albuquerque e Melo (1778 - 1825), segundo o Barão de Studart[1], nasceu em Riacho dos Guimarães, hoje Groaíras, no norte do Ceará[2], de Félix José de Souza e Oliveira, do Rio Grande do Norte, e Teodora Maria de Jesus Madeira, filha do português Manuel de Matos Madeira, "um alto titular da nobreza de Portugal, de nome diverso desse pelo qual se fazia tratar, e evadido da sua terra ante a mortal perseguição desenvolvida contra a sua família pelo Conde de Oeiras, poderosíssimo Ministro d'El-Rei Dom José."

            Mororó (sobrenome adotado por ele, um costume da época, significando 'madeira muito rígida') ordenou-se no seminário de Olinda (1802), onde também estudou ciências físicas e naturais. Era um tremendo intelectual, como informa Studart: "profundo latinista, bom pregador sacro, jurisconsulto, botânico, foi Mororó também o diretor do primeiro jornal publicado no Ceará, o Diário do Governo do Ceará, saído à luz a 1º de abril de 1824".

            Foi professor de latim da vila do Aracati, demitindo-se em dezembro de 1821, e transferindo-se para Campo Grande (hoje Guaraciaba do Norte). Daí passou para a Barra do Sitiá (Quixeramobim), depois para a fazenda Canafístula[3], e em seguida para a Vila de Quixeramobim (residindo na Praça do Cotovelo, hoje Praça Coronel João Paulino). Aí, liderou a realização da sessão da Câmara, de 9 de janeiro de 1824, em que foi proclamada a república (no Brasil), fato que levaria ao seu fuzilamento.[4] Diz Studart: "foi esse o início da revolta [Confederação do Equador], que tantas lágrimas e tanto sangue custou ao Ceará. Destroçados os republicanos em Santa Rosa, feita a contra-revolução do Crato, proclamada de novo a monarquia por José Félix, que ficara na presidência da Província, como substituto de Tristão Gonçalves, seguiu-se a perseguição dos principais chefes, a captura dos cabeças da república. O Padre Mororó, preso em Fortaleza, à Rua dos Mercadores, hoje [início do século XX] Sena Madureira, e condenado à pena última, como o foram também seus companheiros de ideias [Pessoa] Anta, [Azevedo] Bolão, [Feliciano José da Silva] Carapinima e Pereira Ibiapina[5], foi fuzilado na atual Praça dos Mártires[6], ângulo norte do Passeio Público, a 30 de abril de 1825."

            Diz João Brígido[7]:

"O padre Gonçalo era de talhe elegante, alto, faces rosadas, expressão graciosa e vivaz. Nenhuma fortuna possuía além dum escravo, seu amigo de infortúnio, a quem legou a liberdade. Generoso até a prodigalidade, não soube tirar partido de sua ilustração, nesses tempos, em que eram dum preço inestimável os trabalhos da inteligência [ou da escolaridade]." "Era de uma memória pasmosa. Lecionava o latim, sem abrir nenhum dos clássicos, notando todavia a menor omissão que cometessem os seus alunos. Fazia versos latinos de grande perfeição."

            Viriato Correia, na Revista do Instituto do Ceará de 1924, assim descreve a sua execução:

            "Fortaleza, sob aquele maravilhoso sol do norte, acordou como para uma festa. Era um espetáculo novo a que toda gente queria assistir.

            Às sete da manhã os dois condenados [Mororó e João de Andrade Pessoa Anta] são entregues aos padres para a confissão.

            Na praça do quartel [atual quartel da 10 Região Militar], apinhada de povo, os réus apareceram. Quase ninguém [re]conhece o padre Mororó, que está ao lado de Andrade Pessoa. Naqueles poucos meses de cadeia os seus cabelos pretos tinham ficado como uma pasta de algodão.

            A brigada, sob o comando do major Queiroz Carreira, forma um quadrado para despir Andrade Pessoa das honras militares. No meio do largo há um oratório onde se vai fazer a desautoração [privação do cargo ou dignidade, como medida punitiva] das ordens sacerdotais de Mororó. O padre recusa-se: troquem-lhe apenas a batina pelas roupas de réu.[8] Vestem-lhe então a alva dos condenados. A camisola não lhe vai além dos joelhos.

            Mororó olha demoradamente a vestimenta, ajeita-se dentro dela, puxa-a para baixo o mais possível para lhe cobrir os joelhos e, vendo a figura ridícula que fazia com uma alva tão curta, diz com um sorriso de ironia cortante:

            - Louvado seja Deus, que até a última camisa que me dão é curta.

            Rufam os tambores, soam as cornetas. Vai começar a marcha em rumo do local escolhido para a execução. O padre está de uma serenidade que a todos assombra. Ao seu lado Andrade Pessoa, vai dar os primeiros passos. Naquela hora horrível da sua vida, Mororó não se esquece de que é um homem educado - dá a direita a Andrade Pessoa. Ladeados pelos padres, os dois republicanos, no quadrado das tropas, seguem. As ruas cada vez mais se enchem. Nas janelas as famílias apinham-se. Há gente até trepada nas árvores e nos telhados. Mas toda aquela multidão está silenciosa e aterrada.

            O préstito caminha [pela Rua de Baixo, hoje Sena Madureira] para a capela do Rosário [então Igreja Matriz]. Os sinos de todas as igrejas tangem a finados, entristecendo o fulgor daquela esplendente manhã de sol.

            Ouve-se a missa que frei Luiz do Espírito Santo Ferreira celebra. Segue-se depois, lentamente, a caminho da praça do suplício [pela atual rua Guilherme Rocha, depois pela Rua da Palma, atual Major Facundo]. No meio do largo, há um grupo de homens e crianças trepados. A carga é tão grande que, no momento em que os condenados passam, o galho do cajueiro se parte e todo o grupo vem ao chão.

            O padre Mororó estaca por um instante. Embora marchando para a morte, é o primeiro a rir[9] do trambolho do pessoal do cajueiro.

            Na praça em que se vai dar a execução, a multidão é tanta que a custo as tropas conseguem abrir passagem.

            Mororó é colocado na coluna da morte.

            Um soldado lhe traz a venda para lhe pôr nos olhos.

            - Não, responde ele, eu quero ver como isso é.

            Vem outro soldado para colocar-lhe sobre o coração a pequena roda de papel vermelho que vai servir de alvo. Ele detém a mão do soldado:

            - Não é necessário. Eu farei o alvo.

            E cruzando as duas mãos sobre o peito, grita arrogantemente para os praças:

            - Camaradas, o alvo é este!

            E num tom de riso, como se aquilo fosse uma brincadeira:

            - E vejam lá! Tiro certeiro, que não me deixe sofrer muito!

            Houve na multidão um instante cruel de ansiedade. Tinha sido ordenada a pontaria. Todo o vago rumor do povo tinha cessado completamente.

            - Fogo!

            A descarga estrondou.

            O padre tombou sem vida. A seus pés tinham caído três dedos da mão que as balas deceparam."

            Como se vê, Padre Mororó liderou um dos momentos mais marcantes da história de Quixeramobim, hoje registrado nos anais da história do Brasil. E os autores sempre se referem de maneira muito elogiosa, aos participantes daquela sessão da Câmara quixeramobiense. Daí por que, a Academia Quixeramobiense de Letras, Ciências e Artes - AQUILETRAS, inclui o destemido padre entre os seus patronos.

João Bosco Fernandes Mendes

Presidente da AQUILETRAS



[1] No seu (hoje raríssimo) Dicionário Bio-Bibliográfico Cearense, publicado entre 1910 e 1915.
[2] Segundo o site 'Forquilha Ontem Hoje e Sempre', Mororó "Nasceu a 24 de julho de 1778, na fazenda Santa Bárbara, à margem do riacho Sabonete, região conhecida pelo nome de Arribita, termo da freguesia e do município de Sobral, atualmente território de Forquilha." A fonte de sua informação é o batistério de Mororó, publicado na obra 'Três Riachos, Uma Forquilha', de Joab Aragão e Jeta Loiola, de 2006, paginas 206 a 214.
[3] Canafístula Velha - ver minha crônica 'Canafístula Velha, Sítio Arqueológico da História de Quixeramobim", publicada no blog da AQUILETRAS (aquiletras.blogspot.com.br). O que faria ele por lá? Certamente convidado pelo Capitão-Mor José dos Santos Lessa, o homem mais poderoso de Quixeramobim, proprietário da fazenda Canafístula, sua residência, pai da Marica Lessa. A presença de Mororó por lá indica, talvez, que na fazenda se desenvolvia atividades intelectuais e sociais.
[4] Na Câmara de Quixeramobim existe um quadro com uma cópia dessa ata.
[5] Pai do Padre Ibiapina.
[6] Na época, Campo da Pólvora.
[7] Revista do Instituto do Ceará, 1889.
[8] Paulino Nogueira, em trabalho publicado em 1894 (na Revista do Instituto do Ceará), diz que, na verdade, as autoridades o dispensaram da humilhação, o que não ocorreu com Frei Caneca, em Pernambuco.
[9] Diz Paulino Nogueira: "esboçou um ar de riso", o que é mais realista.