A Academia de Letras, Ciências e
Artes, de Quixeramobim, tem demonstrado um desempenho incomum, eu diria até
extraordinário, pois além de uma audiência inesperada ao seu Blog, vem
despertando intenso interesse da população, como aquela atenção às fotos da
(bela) Assembleia de instalação, quando cerca de 500 a 600 pessoas acessaram a
minha página no Facebook. Nosso Blog, na última avaliação que vi (há uns dez
dias ou mais), tinha sido acessado por 1.319 pessoas. No momento, esse número deve
ter subido consideravelmente, sem dúvida.
Fico
a me perguntar: Quixeramobim foi e será uma terra especial, capaz de coisas
incomuns, como aquela assembleia de 9 de janeiro de 1824, em que,
assustadoramente, proclamou a república (brasileira) sessenta e cinco anos
antes de Deodoro da Fonseca (1889)?
Não
sou bairrista - ou nacionalista - coisas que abomino, e não quero puxar a brasa
para a sardinha de nossa terra. Mas a bem da verdade, naquele momento
Quixeramobim foi palco de um acontecimento memorável, liderado pelo brilhando
Padre Mororó, que então residia na cidade 'Coração do Ceará'. Não é opinião
minha, mas dos historiadores. E por isso, fico a imaginar coisas, vendo uma
academia tão jovem (e ainda tão pobre), ser homenageada pela Assembleia
Legislativa do Estado.
Não
posso deixar de mencionar a atenção (não financeira) que temos tido das
autoridades, especialmente do senhor Presidente da Câmara, Everardo Júnior, que
semana passada nos prometeu ampliar o espaço que usamos para as nossas
reuniões, e melhorar as condições, com climatização, naquele prédio que tanto
amo, riquíssimo em reminiscências históricas, de Quixeramobim e mesmo do Ceará
(sede histórica da Câmara, à Rua Cônego Pinto de Mendonça, nº 60 - Praça da
Matriz).
Sinto-me
honrado em trabalhar - com afinco - pela nossa Academia, considerando-o um dos
últimos projetos (públicos, digamos assim) de minha vida, e sei que isso trará
benefícios, educativos, culturais, artísticos e literários, para a nossa terra
e nossa população, essa gente sofrida, mas culturalmente tão rica.
Nossa
Academia - é importante frisar - é diferente de todas as que conheço mundo
afora. Foi extremamente interessante ter sido ampliada, de 'Letras', apenas,
para abranger também 'Ciências e Artes' (proposta do Bruno Paulino, devo
lembrar). Tornou-se mais rica, mais interessante, e certamente mais útil à
população.
Estamos
tocando, embora sem recursos, alguns projetos que deverão revestir-se de
utilidade para a população, e sem dúvida vão dar o que falar. Por exemplo, está
em andamento o "Quixeramobim Antigo", reunindo imagens de pessoas e
prédios de outros tempos. Já temos um acervo razoável, que está sendo escaneado
pelo Elistênio (Alves - funcionário da Campo Maior) devendo depois os originais
doados ficarem, provisoriamente, sob a guarda do Carlos Alberto Carneiro (até
que a Academia possua uma sede satisfatória). Vale lembrar que as fotos não
precisam necessariamente ser doadas à Academia. Uma vez escaneadas, serão devolvidas
aos seus donos. A ideia é transformar isso futuramente numa publicação, na qual
poderemos mencionar os nomes dos proprietários.
Outro
projeto é o "Nossa Água, Ontem, Hoje e Amanhã". Pretendemos realizar
um simpósio, reunindo as principais instituições estaduais ligadas ao problema.
Já visitei a FUNCEME, a Secretaria de Recursos Hídricos e a COGERH, e todas se
mostraram receptivas (mais do que eu esperava). A ideia é discutirmos a
possibilidade de implantação do reuso da água em Quixeramobim, uma iniciativa
pioneira no estado, que poderá contribuir significativamente, se implantada,
para solução do - enorme - problema da água na cidade.
João Bosco Fernandes Mendes
Presidente da AQUIletras, Academia Quixeramobiense de Letras, Ciências e Artes
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